29 de março de 2012

iHate TOP 10 - MADONNA ALBUNS

Existiu Elvis, existiram os Beatles e existe Madonna. O maior ícone vivo da música pop fez 53 anos trabalhando mais do que ativamente. Rainha do marketing, Madonna se tornou o que é principalmente ao aliar sua música a uma imagem camaleônica e quebrar tabus, especialmente os sexuais.

Mas no fim, o que é importa mesmo são as suas canções e seus discos. Por isso abaixo vai um countdown bem pessoal dos seus melhores álbuns:

11- MUSIC (2000)

200px-music_album.jpg

A capa cowgirl enganou quem achava que Madonna ia se render ao country. Produzido pelo francês Mirwais, esse disco peca por ser repetitivo e ter músicas dance cuja letra e melodia não dizem absolutamente nada. No entanto, ironia das ironias, é o disco com duas das faixas mais marcantes de Madonna: Music, talvez a única música da cantora nos anos 2000 que realmente virou hino pop; e Paradise, o mais próximo que Madonna chegou de um som alternativo. 

Destaques: Music e Paradise

10- LIKE A VIRGIN (1984)

200px-like_a_virgin.jpg

Madonna se define como pop/dance nesse disco, mas com letras que ultrapassam hits do momento. A canção-título é um dos clássicos da sua carreira, embora eu prefira a deliciosamente irônica Material Girl (rótulo que vai perseguir a cantora até o fim da vida, tão forte que é o seu simbolismo) e uma das mais perfeitas de suas canções dance, Into the Groove. O resto do disco, no entanto, é relativamente fraco.

Destaques: Material Girl e Into the Groove

9- HARD CANDY (2008)

200px-hardcandyalbumcover.PNG

O primeiro disco de Madonna em que ao invés de criar um estilo, ela segue o já estabelecido. Juntando-se com os mega-produtores Timbaland e Pharrell Williams, a cantora procura um som mais urbano que tenha um apelo ainda mais comercial. Mesmo assim, certas canções com um gostinho de anos 80 são pura Madonna, como Give it 2 Me e Dance 2nite. Outras faixas são dançantes e divertidas, mas num estilo genérico Nelly Furtado.

Destaques: Give it 2 Me e Dance 2nite

8- EROTICA (1992)

200px-67d34310fca0e749b95c2010.JPG

O disco que me fez conhecer a cantora. Praticamente todos os álbuns de Madonna têm um conceito, mas esse foi o qual ela se concentrou mais em uma expressão artística de suas idéias. E expressão sexual, acima de tudo. Todas as letras falam direta ou indiretamente sobre prazer, desejo e perversões. Ótimas baladas (Bad Girl e Rain), uma inusitada faixa-título que cai perfeitamente no estilo do álbum e uma canção (Deeper and Deeper) que apesar de ser uma mistureba de rock, pop e música flamenca, funciona miraculasoamente.

Destaques: Bad Girl e Deeper and Deeper

7- AMERICAN LIFE (2003)

200px-madonna_american_life_cd.jpg

Considerado o maior fracasso da carreira de Madonna, conceitualmente o álbum traz a cantora engajada em temas políticos e sociais. Musicalmente, há toda uma atmosfera folk misturada com batidas eletrônicas. Trabalhando novamente com Mirwais (coisa rara ela repetir produtores), o que o disco peca nas letras infantis ganha na voz de Madonna, cantando realmente bem, e nas melodias simples, porém inspiradas.

Destaques: Nothing Fails e Hollywood

6- CONFESSIONS ON A DANCEFLOOR (2005)

200px-confessions_on_a_dancefloor.jpg

Aliada ao rei das pistas européias Stuart Price, Madonna faz seu álbum mais dançante, com músicas non-stop inspiradas no som do fim dos anos 70. Tem ABBA, Daft Punk e world music - tudo com batidas contagiantes que grudam no ouvido.

Destaques: Hung Up e Get Together

5- MADONNA (1983)

200px-madonna_album.jpg

O primeiro disco de Madonna ainda traz resquícios de um som mais rock que ela fazia nas bandas das quais fez parte no início da carreira - Burning Up talvez seja o melhor exemplo disso. A voz fininha da cantora tem algo de cool, especialmente porque sua grande inspiração na época era Debbie Harry. Já nesse disco, imprime o estilo "dance-e-esqueça-da-vida" que seria parte de sua assinatura musical com Everybody. Mas a melhor música é mesmo Borderline - ela nunca mais fez nada tão bittersweet.

Destaques: Burning Up e Borderline

4- TRUE BLUE (1986)

200px-truebluealbum.jpeg

O terceiro disco da cantora, onde o pop chega a perfeição especialmente devido ao trabalho de Patrick Leonard, talvez o produtor que melhor definiu o estilo de Madonna. Também é o primeiro disco em que ela passa a escrever as letras das músicas, que ganham um tom autoral até então inedito. Com Papa Don't Preach, fala sobre aborto em meio a violinos e batidas dance. La Isla Bonita é a primeira investida num som latino, coisa rara no pop americano da época e que depois se tornaria recorrente na carreira de Madonna. Ainda tem a fofíssima faixa-título, a ótima Open Your Heart, e a primeira grande balada da cantora: Live to Tell - onde ela abandona de vez a voz fininha para assumir um tom mais grave que chocou alguns.

Destaques: Papa Don't Preach e Live to Tell

3- LIKE A PRAYER (1989)

200px-like_a_prayer.jpg

Trabalhando novamente com Patrick Leonard, é o álbum onde Madonna coloca a música pop como um instrumento para discutir a sociedade e testar os limites da aceitação. Mas ainda tem rock, soul, baladas - e essa mistura é o supra-sumo da arte pop. A faixa-título, com seus temas religiosos, na verdade é apenas um amálgama de símbolos e metáforas mas que com a força (até então insuspeita) da voz de Madonna juntamente com o coral gospel levam a canção a outras alturas. Express Yourself é o hino pós-feminista de toda uma geração e uma genial resposta à Material Girl. Cherish é a mais simplesmente pop do álbum, lembrando a Madonna do início da carreira. Promise to Try e Oh Father são as primeiras músicas em que a cantora fala de suas relações familiares, enfatizando especialmente a dor e a culpa enraizadas numa educação católica. Mas o lado bom da família também é mostrado em Keep it Together. O disco também traz um dueto com Prince (Love Song), na época namorado de Madonna. Um álbum clássico.

Destaques: Like a Prayer e Express Yourself

2- BEDTIME STORIES (1994)

200px-bedtime_stories.jpg
O disco mais 'diferente' de Madonna. Na verdade, até hoje não acredito que ela tenha se dado ao luxo a fazer um álbum todo r&b com referências a acid jazz. Trabalhando com o mega-produtor Babyface, os nomes mais cool do r&b (Nellee Hopper, Dallas Austin) e tendo uma faixa co-escrita por Bjork (!), é o disco de Madonna mais sofisticado musicalmente. Suas letras falam de culpa, medos, mas também de não ter nenhum arrependimento (a ótima Human Nature). O primeiro single do disco, Secret, talvez seja a melhor música de toda a carreira da cantora. Mesmo não tendo sido um disco que tenha feito muito sucesso, é o que tem o single mais bem-sucedido da cantora, uma balada (!): Take a Bow.

Destaques: Secret e Human Nature

1- RAY OF LIGHT (1998)

200px-ray_of_light.jpg

Na época, os críticos disseram que de "material girl", Madonna teria passado a "ethereal girl". Esse é o tamanho da transformação, talvez a mais radical de sua carreira, na época de lançamento desse disco. A frase que abre o álbum é "Eu troquei a fama pelo amor sem pensar duas vezes" - e isso vindo do maior ícone materialista do fim do século só poderia indicar que algo estava acontecendo de diferente na vida de Madonna. Claro, foi o período em que ela se tornou mãe. Porém, foi algo mais: suas letras se tornaram pessoais como nunca e o peso da celebridade se mostrou grande demais. Mas é claro que a cantora, esperta que é, manipula esse próprio artifício para construir uma imagem que vai ser vendida como produto. E que produto! A produção de William Orbit, um dos grandes nomes da música eletrônica, é impecável. A maneira em que as canções se desenvolvem num crescendo, em meio a ruídos misteriosos, é estupendo. As letras mais inspiradas de Madonna (Ray of Light, Mer Girl) são acompanhadas das melodias rock/eletrônica de Orbit (Candy Perfume Girl, Skin). Frozen é a música mais linda do álbum, onde parece que uma força contida está prestes a explodir. Mesmo assim, há muito espaço pra dançar com Nothing Really Matters e Sky Fits Heaven. Madonna também volta a trabalhar com Patrick Leonard - e o som pop dele se adere perfeitamente ao som eletrônico de Orbit. Ao ouvir Ray of Light, se chega perto do sublime.

Nenhum comentário:

Postar um comentário